34

Encontro-me numa fase de treinamento. Quanto mais calos, melhor. Se tu soubesses o quanto a tua ausência me ajuda em minha evolução, não me concederias tal privilégio. Ah, sim, estarias ao meu lado, de corpo inteiro, olhos fechados, alma encoberta. Acariciando as costas da minha mão como costumavas fazer no começo. Hoje faço carinho em meus livros enquanto os leio - ainda não achei forma mais justa de compensar o bem que me fazem -, passando devagar as pontas dos dedos pelas páginas ainda com cheiro de impressão recente. E assim sinto-me bem melhor.

5 comentários:

Camila S. disse...

Havia uma época em que empilhava meus livros que não tinham estante onde serem guardados no lado ausente da cama. É papel, são palavras: mas não há pessoas que são justamente apenas isso?

Anônimo disse...

"ainda não achei forma mais justa de compensar o bem que me fazem"

obrigado por isso, Aline.

[ rod ] ® disse...

Descobri teu blog ao acaso, mas não é por acaso que aqui estou... Tens uma sintonia única entre o desejo velado e a poesia viva... sangra-se e consagra-se. Bjs moça!

Brubs disse...

Eu gostei da comparação. Muito bonita.
Tem algumas vantagens em ser acompanhada por um livro e não por alguém, mas não seria bem melhor a presença de ambos?
:)

Daniel Dragomirescu disse...

Hola,
La revista independiente y multicultural El Horizonte Literario Contemporaneo tiene ahora un nuevo website.
Su direccion es la siguente
http://contemporaryhorizon.blogspot.com
Sera un placer para nosotros que se convirtiera en un lector constante de nuestra revista. Muchas gracias !
Todo lo mejor – Toate cele bune,
Daniel D. PEACEMAN, Editor