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a não-hora e a não-vez

I
eu macabéo
tu macabéas
ele macabéa - ela também
nós macabeamos
vós macabeais
eles macabéam


II
o pulmão de sanfona - exalar esse cheiro triste de respiração não ouvida. as entranhas ainda tremem de expectativa. sou todo corpo e fluidos; o espírito está  muito bem escondido. não me forço a viver. o sangue simplesmente não pára e, enquanto isso, vou me encaixando às horas e às vezes que todos nós temos. as minhas augustas (mal-tragadas?) horas estão por vir - no momento, apenas vivo.

3 comentários:

Alisson da Hora disse...

E quando Deus descer à Terra, haverá um silêncio sepulcral.

estevão disse...

ao som de "una furtiva lácrima"

Camila S. disse...

em busca de algum momento previsto, para que a sorte enfim mude.