no ônibus
é noite
não olho pra frente, pois lá estás
tu
que também desvias o olhar - nada se vê lá fora.
protegida pelo disfarce do reflexo,
vejo-te pelo ângulo secreto da janela
e, súbito, sou descoberta, desarmada
pelos teus olhos desatentos
que no vidro tropeçaram.
assim nos encontramos, noutro plano,
qual desencarnados.
6 comentários:
Poema simples, mas a simplicidade nos diz tantas coisas... as imagens são intrigantes, envolventes...
mais poemas por aqui!Já!
beijos!
Seus poeminhas sempre me impressionam.
São bem diferentes dos seus textos usuais, e são fantásticos!
Quanto talento!
Como eu me orgulho de você!!
Bjos
que belo contato, esse do desencontro.
olá, gostei muito dos seus escritos!
Lindo! ;)
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