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Peço desculpas novamente, caro leitor imaginário, pelos pensamentos e sensações que foram mal-regurgitados em nosso último encontro. Estou em fase de aprendizagem; espero portanto que leve em conta os tropeços no caminho.
A vida passa se esfregando na minha cara. Sua pele quente e pulsante cola no meu rosto, e mesmo assim continuo frígido qual pedra. Tento, tento. Respiração ainda lenta, superfície ainda intocada, constrangida, involuntariamente virgem e mal-sucedida. Arrepio de frio, mesmo - há tempos não me vem o arrepio da volúpia. E algum dia voltará?
I am the son and the heir of a shyness that is criminally vulgar. Não sei se a culpa é minha. Mas continuo. Havendo escolha, alguém me avise por favor. Minha alma está à disposição, sempre esteve - e dessa prostituição não abrirei mão nunca.

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