deixei de ler Proust
pra ouvir samba:
cada pedaço do Rio eu busco e afasto com a mesma energia.
(algo inerente, natural, um sotaque úmido)
sotaque reprodutor de vida,
pegajoso, brilhante, mole.
o sal que não sai da pele.
vezes há em que me despenca o céu da cara
(e os olhos, em nuvem, se desfazem)
e reconheço, sem medo, que a minha alma tem cheiro de praia.
2 comentários:
se proust nascesse no rio
ele perderia tempo com outras
coisas.
"vezes há em que me despenca o céu da cara"...
#Suspiro.
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